quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mikhail Bakunin




    Conhecemos muitos revolucionários com idéias de impacto e feitos extraordinários que ultrapassam o contexto de sua época e nos atingem nos dias atuais. Vou fazer o resumo do resumo da biografia de um destes grandes, que sem dúvida, foi o russo Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, apenas com o intuito de despertar curiosidade e fazer os leitores buscarem mais informações a respeito deste grande pensador do século XIX.
    Nascido em Premukhimo, 30 de maio de 1814, filho de família aristocrata, Bakunin se viu obrigado por seu pai a começar cedo uma carreira militar que terminou igualmente cedo. Quando partiu para moscou para estudar filosofia, passando então a ser influenciado por Kant, Schelling e Hegel(inclusive, foi o primeiro a traduzir obra deste ultimo para o idioma russo) contrariou seu pai que mantinha planos de carreira militar para ele. Então deixou de lado sua origem e posses de nobre que acabaram sendo destituídas pelo imperador Nicolau da Rússia mais tarde, este que acabou tendo uma carta chamada: "La Réforme", escrita por Bakunin (que residia na França neste momento), denunciando-o como déspota e fazia um chamado
para a democracia na Rússia e Polônia.
     Infelizmente, acabou ficando quase 10 anos preso na Sibéria no que na verdade era pra ser sua prisão perpétua quando preso em Dresden(Alemanha) e deportado para a Rússia(por ter participado da Rebelião de 1848). Ao escapar passou por Japão, EUA, Londres, Suíça e Itália onde depois de muitas lutas pelo pan-eslavismo, poloneses e a causa camponesa e operária(além da prisão, é claro), Bakunin se declarou, finalmente,  anarquista. Foi ainda, contra varias idéias de cunho comunista ao passo que no passado chegou a escrever artigos de comunismo no periódico alemão: "Schweitzerische Republikaner",  alem do que se declarava anos atrás comunista.
Então se filiou, em 1868, a 1a Internacional sendo um dos membros mais influentes até então. Porém, devido a grande discordância de idéias entre ele e Marx (ambos se criticavam veementemente) foi expulso em 1872, com a maioria dos membros apoiando Marx. Bakunin saiu com seus apoiadores com a promessa de fundar uma nova associação internacional com idéias anarquistas (que de fato aconteceu reunindo idéias anti-autoritarias conforme ele pregava). Uma de suas frases críticas as idéias de Marx diz:
    "Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana."
    Isto, de fato, acabou ocorrendo, mesmo com variáveis, em determinados governos que tentaram usar idéias marxistas no século XX. Portanto, as idéias anti-estado, anti-capital e anti-autoridade de Bakunin eram respeitadas até mesmo por Marx que o elogiava abertamente já naquela época e inspiravam o espírito revolucionário, sobretudo nos jovens. Estas idéias atemporais chegaram até mesmo ao movimento Punk, como exemplo da abrangência e vida deste pensamento até nossos dias, mesmo que deturpadas pelos governos que pregavam o anarquismo como caos e desordem, quando na verdade ele representa uma ordem muito maior através de um grau de consciência das massas para se organizar, inclusive, politicamente.
    Bem, quanto aos últimos anos de bakunin, já com a cobrança severa pela luta continua, foram na cidade de Lugano(Suíça) onde chegou a fundar junto a estudantes e intelectuais uma editora e publicar grande parte de seus livros sob o título de "Estadismo e Anarquia". Em 1874 participou de uma revolta na cidade de Bologna, a qual não teve êxito (ainda que tenha sido sua ultima incursão em uma).
    Em 1 de julho de 1876, já muito debilitado, foi levado para um hospital na cidade de Berna onde faleceu. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Bremgarten, na mesma cidade e é visitado por anarquistas de todo o mundo até hoje.
    Nas palavras de seus amigos Carlo Cafiero e Elisée Reclus sobre seu tumulo, descritas no prefácio do texto "Deus e o Estado":
     "Uma simples pedra e um nome marcam no cemitério de Berna o lugar onde foi depositado o corpo de Bakunin. E, talvez, muito para honrar a memória de um lutador que tinha as vaidades deste gênero em tão medíocre estima! Seus amigos não farão construir para ele, certamente, nem faustosos túmulos nem estátua. Sabem com que amplo riso ele os teria acolhido se lhe tivessem falado de um jazigo edificado em sua glória. Sabem também que a verdadeira maneira de honrar seus mortos é continuar sua obra — com o ardor e a perseverança que eles próprios dedicam a ela. Certamente que esta é uma tarefa difícil, que demanda todos os nossos esforços, pois, entre os revolucionários da geração que passa, não há sequer um que tenha trabalhado com mais fervor pela causa comum da Revolução. "
    Isto denota a grandeza do homem chamado Bakunin.
    Outras observações devem ser feitas a respeito de Bakunin:
*Chegou a ser deportado da França por discursar em público contra a opressão russa na Polônia.
*Em 1870, entrou na insurreição de Lyon, um dos principais precedentes da Comuna de Paris.
*Existem também idéias notáveis sobre ateísmo e igreja que vou denotar através de frases como exemplo:
    "Estamos convencidos de que o pior mal, tanto para a humanidade quanto para a verdade e o progresso, é a Igreja. Poderia ser de outra forma? Pois não cabe à Igreja a tarefa de perverter as gerações mais novas e especialmente as mulheres? Não é ela que, através de seus dogmas, suas mentiras, sua estupidez e sua ignomínia tenta destruir o pensamento lógico e a ciência? Não é ela que ameaça a dignidade do homem, pervertendo suas idéias sobre o que é bom e o que é justo? Não é ela que transforma os vivos em cadáveres, despreza a liberdade e prega a eterna escravidão das massas em benefício dos tiranos e dos exploradores? Não é essa mesma Igreja implacável que procura perpetuar o reino das sombras, da ignorância, da pobreza e do crime? Se não quisermos que o progresso seja, em nosso século, um sonho mentiroso, devemos acabar com a Igreja."
    "É melhor a ausência de luz do que uma luz trêmula e incerta, servindo apenas para extraviar aqueles que a seguem."
    "Se Deus existisse, só haveria para ele um único meio de servir à liberdade humana: seria o de cessar de existir."
    Em seu "Catecismo de um Revolucionário" de 1866, ele se opunha tanto à religião quanto ao estado, defendendo a absoluta rejeição a toda autoridade incluindo aquela que sacrifica a liberdade em nome da conveniência do estado."

Francisco Diego Albuquerque Mesquita

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Simon Bolívar



Político e militar, nascido na Venezuela, no final do sec. XVI lutou e conseguiu a proclamação a independência da Venezuela no dia 5 de Julho de 1811, com a ajuda dos partidários do novo estado.
Formado militante, lutou contra a monarquia, mas infelizmente foi  derrotado, onde se refugiou em Cartagena das Índias,fazendo o seu primeiro escrito mais importante, o manifesto de cartagena. Ele não desistindo, iniciou uma outra campanha com a segundaa segunda proclamação da republica, e mais uma vez as tropas monarcas acabaram se impondo.
Continuando sua luta pela libertação da America, entrou em confronto atacando desta vez a partir das terras de Nova Granada, que hoje se formou a Colômbia, e situando um quartel general em argestura, onde em 1819 um congresso aprovou a lei fundamental da Grã-Colômbia,com êxitos em sua s campanhas militares conseguindo a libertação da Colômbia depois de  uma batalha chamada de boyacá.
Logo após a libertação da Colômbia, a luta foi para a libertação do seu país de origem, a Venezuela, que conseguiu a libertação no ano de 1821, e aproveitando suas campanhas militares lutou  libertando também o Equador.
 Logo após esse feito, libertação do equador, ele já recebia o titulo de “ o libertador”, onde com um aliado argentino chamado San Martin, reuniu-se em guaraquiu para discutir a libertação do Peru, que também não teve êxito com a intervenção da monarquia.
Travando suas ultimas batalhas, terminou o seu sonho De libertação e unificação da America, com a libertação do Alto do Peru, que em honra a esse grande libertador, se passou a chamar República Bolívar (não sei Bolívia).
Simon Bolívar, foi o primeiro homem a destacar entre os revolucionários sul-americanos, para a libertação de suas terras, e morrendo como homem e todo revolucionário de verdade, pobre e solitário.
Hélio Lima Ramalho

Ho Chi Minh


Desde o começo de nossa história (humanidade), sempre houve luta de classes, onde os grandes proprietários de terra, aproveitavam, excluíam,ou escravizavam os menos favorecidos monetariamente da sociedade. Mas, sempre houve grandes homens que se rebelaram e ficaram contra essa política draconiana da elite, mas infelizmente pelo que se vê a história nunca foi justa com povo, este que sempre levou desvantagem, porem poucos desses grandes homens que se revoltaram contra essa sociedade e essa política, ficaram em destaque na história.
O que procuro falar aqui é de apenas um, que a história não conseguiu apagar, tanto pelo seu tempo (onde já podia escrever tudo), quanto pelo que ele fez para ajudar o povo vietnamita. O nome dele é Ho Chi Minh.
Nascido no Vietnam no final do sec. XIX, onde seu país era colonizado pela França, que tinha uma política imperialista. De origem humilde, cozinheiro viajando em um navio mercante francês, estabelece-se nesse país, onde ele vive um bom tempo estudando, até que ele entra no partido comunista francês. Após ter se filiado nesse partido, foi até China onde ajudou participando na revolução nacionalista chinesa, onde ele sendo perseguido teve que voltar ao seu país de origem, juntando-se com outros revolucionários, organizando força contra o colonialismo Frances.
Mas como já foi dito, a historia nunca foi justa com o povo, onde com a ajuda dos revolucionários vietnamita, e o armamento americano ele conseguiu se livrar dos colonialismo Frances, porem os americanos não os ajudaram com boa intenção, pois pretendiam ficar no lugar da França e  também explorar seu povo. Agora contra os americanos, que queriam instalar o capitalismo sobre o Vietnam, teriam que começar uma nova revolução. Onde Ho Chi Minh declarou a seguinte expressão pra impressa: “tinha-se dado apenas duas  alternativas ao Vietnam; escravização aos EUA ou a vitoria, não temos escolha.” Infelizmente Ho Chi Minh não consegue ver a vitoria do Vietnam, pois morre de ataque cardíaco em 1969, e após sete anos da sua morte que o Vietnam consegue se libertar, formando a República Socialista do Vietnam.  
Dioleno Aparecido Pereira Lessa

Che Guevara


Em 01/01/1959, mais um homem colocava seu nome na história. Ao lado de Simon Bolívar, Ioussaint Loventure, Emiliano Zapata, entre outros, Ernesto Guevara de La Sierna firmava seu nome e imagem, esta a mais conhecida entre as pessoas que aspiram liberdade,nos anais do mundo.
Mesmo sendo mais conhecido pela sua participação, vitoriosa e inspiradora ao lado de Fidel Ruz castro, na Revolução Cubana, El Che (como ficou conhecido Guevara) era argentino. Originário da cidade de Rosário, Che era filho de Ernesto Guevara Syuch e Célia de La Serna Y Ilosa. Apesar asma, deficiência que perseguiu Che ate seu fim em La Higuerra, era um homem sistemático, inabalável e persistente. Qualidades estas somadas ao carisma, lealdade e coragem formaram o ícone guerrilheiro que foi.
Atribuir a Che a vitoria da Revolução Cubana como sua única luta contra o imperialismo, pode ser considerado uma heresia histórica. Participações em manifestações em alguns países Latino americanas como Guatemala, Bolívia e Peru passando pelo congo, no continente africano, mostram que Che não media esforços para manter de pé seu ideal: a igualdade e a luta contra os poderosos.
Adepto do ideal pan-americano, de Simon Bolívar, Che como um bom visionário, pregava a
unidade dos países latino americanos,ou seja, expandir a união de indivíduos com indivíduos para países com países. Assim se fortalecido, contra as ações predatórias dos países imperialistas.
Onde quer que exista uma manifestação contra a desigualdade social, o nome Che é evocado. Seja em países de terceiro mundo ou de primeiro mundo, como mostram os jovens do final da década de 60 (Che morre em 08/10/1967) em Proga, cidade do México, Milão e America do sul em Geral.
Sempre existirão um pouco de Guevarismo idéias de liberdade. Santo ou não, como os consideramos moradores de La Higuera, guerrilheiro ou não, Che sem sim representa o altruísmo. Não havia lugar mais simbólico para morrer, que o chão de uma pequena escola que é um lugar que tem obrigação de enaltecer os heróis de verdade.
Che mostrou que nada pode nos intimidar. Nem, pela força, nem pela doutrina.

Alexandre Rosa

Carlos Lamarca



·         Em 1964 aconteceu no Brasil o golpe militar, nesse período é importante citar o contexto histórico: várias greves, manifestações sociais, crescimento da ideologia comunista.
·         O capital estrangeiro e os estados unidos se sentiam ameaçados em meio a estes fatos; acontece o golpe militar e começa um triste período da sociedade brasileira.
·         Surge nesse período vários revolucionários que não vêm alternativas senão a luta armada.
·         Carlos Lamarca mostra que tudo influencia e nada determina. Capitão do exercito, abandonou o lado opressor para ficar do lado dos oprimidos: o povo.
·         Integrante da vanguarda popular revolucionário, ajuda a promover vários assaltos a bancos para financiar a luta armada, e a participação que seqüestrou o embaixador da suíça,  para trocar com revolucionários que estavam presos, em condição desumanas, onde a tortura era prática normal.
·         Como todo grande home que escolhe defender o povo, pagou um preço alto por isso, abrindo mão  da família e entrar numa luta desigual.
·         Sem se omitir, Carlos Lamarca foi até o fim com seus idéias, quando viu a luta armada na cidade estava quase impossível , tentou participar da guerrilha no campesinato apo lado do seu grande companheiro conhecido como Zequinha, foi continuar a luta na Bahia, onde sofreu devido as condições precárias passou fome e enfrentou doenças. Mesmo assim foi até o final com sua ideologia.
·         Em 1971, morreu assassinado na Bahia, pelos agentes opressores do governo, deixando a todos nós um exemplo de dignidade, e de luta por um mundo melhor.

MANOEL MARQUES DA COSTA NETO


domingo, 31 de outubro de 2010

Hipátia de Alexandria

         Quando abrimos os livros didáticos de História, quase não vemos citações de personagens femininos, principalmente no campo da filosofia e ciências. O mesmo não é diferente quando pesquisamos sobre Hipátia de Alexandria. Hipátia é considerada a primeira mulher a se destacar na Filosofia, principalmente no que diz respeito à Matemática, Aritmética, Física e Astronomia. Ela nasceu em Alexandria, Egito, por volta de 360 d.C. Filha de um importante funcionário do Museu de Alexandria, ela herdou o conhecimento transmitido pelo pai e ministrou aulas de Matemática e Filosofia no próprio museu. Muito desse conhecimento helênico ela absorveu durante sua viagem a Atenas. Nessa época, Alexandria já não pertencia ao período dinástico egípcio e vivia sob o Império Romano prestes a entrar em decadência, com o reinado de Teodósio, onde tornou fácil a invasão de cristãos fanáticos e intolerantes, na região, causando vários conflitos políticos e religiosos, sob o domínio do bispo Cirilo, um cristão intransigente. Hipátia era uma mulher muito bela e exuberante e com seu caráter culto, ela atraiu muitos pretendentes. Mas Hipátia dizia a todos que era casada com a Verdade. Hipátia tinha uma afinidade com o prefeito de Alexandria, Orestes,  ela exercia um certo poder político sobre ele. O bispo Cirilo ficou indignado pelo fato do prefeito ser influenciado por uma mulher. Desta forma, esse fato acabou desencadeando um conflito entre o poder político e religioso, em Alexandria. Hepátia foi acusada de bruxaria e, em 415, foi perseguida por cristãos enlouquecidos, quando voltava do Museu. Foi atacada, despiram-na e a levaram ao interior de uma igreja, onde ela foi brutalmente assassinada. Esse final trágico foi marcado historicamente como um símbolo da intolerância religiosa. Hipátia não deixou obras literárias completas, pois algumas delas foram destruídas na Biblioteca de  Alexandria, pelos cristãos (episódio marcado pelo grande Incêndio da Biblioteca de Alexandria), restando apenas comentários, citações, além dela ter inventado alguns instrumentos, como o hidrômetro e densímetro. Seu conhecimento influenciou vários cientistas e filósofos como Newton, Descartes, Leibniz, entre outros. Para quem se interessar pela história de Hipátia de Alexandria, há um filme chamado Ágora, lançado em 2009, de uma excelente produção espanhola, dirigido por Alejandro Amenábar, onde Hipátia é representada pela atriz Rachel Weisz (a mesma que atuou em Constantine, entre outros). Um ótimo filme!

Fábio Campos

sábado, 30 de outubro de 2010

Apresentação

          Este Blog tem como objetivo resgatar a memória, citando personagens de nossa História, que lutaram bravamente para difundir o pensamento em prol da liberdade humana,cujo propósito era libertar os povos das mãos opressoras, em outros casos, transmitir o conhecimento e direitos dignos como condição humana. Muitos desses heróis morreram defendendo seus ideais, sendo que, alguns nem sequer são citados nos livros didáticos ou, quando são, recebem muitas vezes, uma imagem tendenciosamente marginalizada.

Fábio Campos.

Imagem do Blog: Revolta dos Escravos, (Roma, cerca de 70 a.C.)